O Brasil está em meio a uma transformação econômica sem precedentes. Após décadas de relativo isolamento e proteção de sua economia, o país se vê agora inserido em um cenário de competitividade global acirrada, impulsionada pela revolução digital que nivelou o campo no jogo dos negócios ao redor do mundo. Esta é uma era promissora para as empresas brasileiras, que se encontram diante de um vasto oceano de oportunidades, pronto para ser explorado por meio de inovações que busquem destaque e competitividade ao nível global.
Desde as ousadias empreendedoras do Barão de Mauá no século XIX (pioneiro em linhas férreas, indústrias de fundição de ferro, estaleiros, exploração do rio Amazonas, criação de bancos internacionais) até o final do século XX, a economia brasileira passou por inúmeros ciclos e desafios que moldaram sua trajetória.
Durante o período imperial, a atuação do Barão marcou uma tentativa de inserção na economia internacional, mas resistências político-econômicas acabaram limitando sua influência. Já no século XX, até a década de 1980, o país manteve-se majoritariamente como uma economia fechada, com fortes barreiras à importação e um discurso de proteção à ainda nascente indústria e ao imaturo mercado interno.
Com a abertura econômica da década de 1990, o Brasil começou uma profunda mudança em sua estrutura de mercado. Essa abertura, forçada por crises e hiperinflação, foi crucial para expor as empresas e consumidores brasileiros à concorrência global, obrigando uma reestruturação e modernização da economia local. Inicialmente, a abertura causou turbulências e desafios, mas também abriu caminho para um novo paradigma, no qual a inovação e a competitividade internacional deixariam de ser um luxo para se tornarem uma necessidade para a sobrevivência das empresas.
Como no resto do mundo, o início do século XXI marcou a entrada do Brasil em uma fase de digitalização massiva, impulsionada pelo crescimento da internet e das tecnologias de informação. Esse fenômeno foi um grande passo para a economia do país, que viu nascer empresas nativas digitais e o fortalecimento da inovação em setores tradicionais. Aposta-se, então, na tecnologia como ferramenta para o país não só competir, mas também liderar em diversos setores. Atualmente temos vários nomes brasileiros no topo dos rankings de seus segmentos globais, como Embraer (aviação), Nubank (fintech), Stefanini (TI), WEG (eletricidade), Gerdau (metalurgia), Randoncorp (automotivo), Gympass / Wellhub (healthtech) e outros mais.
Apesar dos exemplos, ainda é raro no Brasil o desenvolvimento de uma estratégia global por parte das empresas. A maioria esmagadora dos empresários ainda prefere o mercado interno, mais conhecido e, por vezes, menos arriscado. No entanto, o convite está feito: para competir seriamente em escala global, é preciso superar barreiras e limitações e aproveitar as oportunidades que só a internacionalização oferece.
O Brasil possui todas as condições necessárias para não só participar, mas também se destacar na economia global muito além de commodities. Nossa rica diversidade, aliada a uma crescente capacidade de inovação (evidenciada por Mariano Gomide, fundador e CEO da VTEX, companhia brasileira listada na NYSE e avaliada em US$ 1,4bi) e um extenso mercado consumidor, nos habilita a ingressar em novos mercados e a consolidar uma presença brasileira cada vez mais marcante lá fora.
Empresas que buscam se internacionalizar precisam adotar uma mentalidade ainda mais aberta à inovação, estar atentas às demandas dos consumidores de diferentes países e, principalmente, investir em qualidade e diferenciação. A competição global não perdoa acomodações ou lapsos.
A internacionalização não é um movimento puramente econômico ou mercadológico. Ela é um desafio de posicionamento de marca, de estruturação de processos e de engajamento da equipe em um projeto maior. Além disso, é uma oportunidade única para promover uma cultura de inovação e excelência nos negócios, que pode repercutir positivamente no mercado interno e na imagem da empresa.
Para que as empresas brasileiras possam verdadeiramente se beneficiar da competição global e se consolidar como líderes em seus setores, é necessário investir em preparação e estratégias consistentes. Isso implica em:
A internacionalização é um processo de médio a longo prazo, que exige planejamento, investimento e uma visão de futuro. Porém, é inegável que as empresas que se abrem para o mundo têm potencial para crescer de forma exponencial, aumentando a capilaridade de seu negócio e reduzindo sua vulnerabilidade a crises e oscilações do mercado interno.
A nova era das empresas brasileiras é desafiadora, mas também repleta de oportunidades. Ao abraçar a competição global com vigor e determinação, as empresas do Brasil poderão alcançar novos patamares de crescimento e contribuir para a economia do país de forma mais significativa. É hora de olhar para fora, de ousar e de inovar. O mundo é a arena das grandes batalhas econômicas e as empresas brasileiras têm tudo para serem protagonistas dessa nova era. Que cada empresário veja a competição global não como uma ameaça, mas como uma gigantesca chance de fazer história. Afinal, o Brasil está pronto para competir e ganhar no mundo.
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